quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Vida Inocente

Os pés descalços correndo pelo cerrado,que saudade da época que passava ás tardes trepado nos pés de pitomba. Saudade da minha professorinha que com as pernas tão fininhas vinha de tão longe nos ensinar. Saudade da rudez do meu paizinho, que, cuspia no chão para me avsiar que antes do cuspe secar eu haveria de chegar.
   Minha mamãezinha, que, no fogão á lenha passava o dia á cozinhar, com seu vestido franzinho estava sempre á cantarolar. Meus amiguinhos com os quais,matávamos aula para no riachinho nos banhar, o João de barro sempre infezado com as pedras que tacavamos na sua casinha, o seu Gumercindo sempre brabo com os roubos de suas goiabas; Nada disso mais me resta.
   Agora estou velhinho sempre aqui sozinho nenhum filho vem me visitar, a minha infância querida se foi, esse é o preço a pagar por envelhecer? Esse é o preço por se ficar inútil? Agora lá no alto da ladeirinha, só o que me resta é aquela igrejinha, onde tantas vezes orei por nossa senhora cuidar dos meus paizinhos; É a mesma onde vou todas as tardezinhas , orar para a mesma nossa senhora me levar dessa vidinha.

Por: Eduardo Junio

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